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Som Livre põe no mercado 25 títulos garimpados pelo titã no arquivo de LPs da gravadora; Tim Maia, Tom Zé, Marcos Valle e "Sítio do Picapau Amarelo" estão entre os lançamentos
O baú de Gavin
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
O garimpador de raridades Charles Gavin passou 2005 em branco: não pôs nas lojas nenhum CD desengavetado dos arquivos das gravadoras. A aposta das empresas nos DVDs era o motivo, segundo ele.
Já 2006, que começa agora para a indústria fonográfica, já acrescenta 25 novos títulos aos 350 que o baterista dos Titãs redescobriu entre 99 e 2004. O lote é resultado de uma investigação feita por Gavin, 45, no baú de LPs da Som Livre, a gravadora do sistema Globo, também proprietária da RGE.
Predominam na lista os discos de samba-jazz, um dos gêneros preferidos do baterista. Mas ele não radicalizou na idiossincrasia. Na diversidade dos lançamentos cabem o soul sublime de Tim Maia, o primeiro e ousado disco de Alceu Valença, o samba tradicional do conjunto A Voz do Morro, as trilhas infantis dos programas "Vila Sésamo" e "Sítio do Picapau Amarelo" e muitas, muitas experimentações.
Uma a se destacar é "Nave Maria", de Tom Zé. Embora nas últimas duas décadas, após a redescoberta do baiano de Irará liderada pelo "talking head" David...